quinta-feira, 21 de abril de 2011

Algumas informações sobre o etanol

As informações a seguir foram retiradas do site da Raízen

Raízen é uma joint venture formada entre a Shell e a Cosan.
 Uma empresa brasileira responsável pela produção de mais de 2.2 bilhões de litros de etanol por ano para atendimento ao mercado interno e externo, 4 milhões de toneladas de açúcar e 900 MW de capacidade instalada de produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana. Possui cerca de 4500 postos de serviço para distribuição de combustíveis espalhados pelo Brasil, mais de 500 lojas de conveniência, 53 terminais de distribuição e presente em 54 aeroportos no negócio de combustíveis de aviação.
 Destaca-se com uma das mais competitivas empresas na área de energia sustentável do mundo.
 O nome Raízen é a união de duas forças, raiz e energia. A primeira remete à parte das plantas que extrai nutrientes e água necessários para a vida e a outra, ao fator crítico para qualquer dinâmica: para que haja vida ou movimento é preciso energia. A opção pelo nome em português reforça tratar-se de uma organização brasileira e a cor roxa da marca remete à aparência da cana-de-açúcar madura.
O que é etanol?
 Ao contrário do petróleo, que é um recurso finito, o etanol renovável é um combustível normalmente produzido a partir de plantas cultivadas, como a cana-de-açúcar, o milho, a beterraba, o trigo e a mandioca. No Brasil, o etanol é produzido a partir da cana-de-açúcar, que é a matéria prima mais eficiente que se conhece até hoje para a sua produção comercial. O balanço energético (unidade de energia obtida x unidade de energia necessária para a produção) do etanol de cana é aproximadamente sete vezes maior que o obtido pelo etanol de milho, produzido nos EUA, e quatro vezes maior do que o obtido pelo etanol de beterraba e o de trigo utilizados na Europa.

O etanol e a gasolina

No Brasil, toda a gasolina, seja ou não para uso automotivo, contém de 20% a 25% de etanol anidro (0,4% de água, em volume). O percentual exato varia, conforme decisões políticas e econômicas governamentais. Praticamente todos os postos de combustíveis do país oferecem etanol hidratado puro (4% de água, em volume) para carros a álcool e modelos flex. Hoje quase 90% dos carros fabricados no Brasil possuem tecnologia flex. O etanol aditivado, lançado recentemente no mercado, possui uma formulação de aditivos que otimiza o consumo e a limpeza do motor. O motor flex foi projetado para usar tanto etanol como gasolina, em qualquer proporção. Ou seja, não é necessário alternar combustíveis no tanque. Quando o motorista pisa no acelerador, um sensor identifica a quantidade de álcool combustível com base no teor de oxigênio dos gases de escape, e o motor é ajustado automaticamente. Além dos benefícios ambientais e melhor desempenho do veículo em relação à gasolina, o etanol também se mostra vantajoso em termos econômicos. Mesmo com um conteúdo energético menor, o que torna o seu consumo (km/l) maior, o preço competitivo do etanol em grande número dos estados do país faz com que o seu uso seja mais vantajoso para o consumidor.

 A produção de etanol compete com a de alimentos?

 O plantio de cana para a produção de etanol ocupa atualmente uma área 4,8 milhões de hectares, ou seja, apenas 1,5% de todas as terras aráveis do país. Colocando esse dado em perspectiva: se consideramos a participação atual do etanol no mercado nacional de combustíveis, o Brasil precisaria de apenas 2% de suas terras cultiváveis para abastecer toda a frota nacional de veículos leves exclusivamente a etanol. Desde 1960, a área de cultivo de cana-de-açúcar apresentou uma taxa de crescimento de 3% ao ano, sem prejudicar o avanço de outras culturas. É importante notar que metade desse incremento foi utilizado para produção de açúcar. As estatísticas oficiais de produção agrícola mostram que, paralelamente à expansão da cultura da cana, o Brasil vem batendo recordes na produção de grãos, oleaginosas, carnes, laticínios e fibras têxteis. Somente na última década, dobramos a produção de grãos e já somos o terceiro maior exportador mundial de produtos de origem agropecuária, com notáveis ganhos de produtividade.. A agricultura no país avançou principalmente sobre grandes áreas de pastagem degradadas. No Brasil, a cana-de-açúcar não apenas não compete com os alimentos como ainda tem enorme potencial para produzir muito mais etanol e bioeletricidade por área cultivada. Isso será possível com o pleno aproveitamento do bagaço e da palha de cana para produção do etanol de segunda geração.

O setor sucroenergético e o meio ambiente

Em 2009, o setor sucroenergético se comprometeu com o fim da queima da cana-de-açúcar no campo - uma antiga prática usada para facilitar o corte manual. As usinas e os fornecedores firmaram voluntariamente acordos com o governo para antecipar a mecanização da colheita da cana,que prevêem compromissos com a proteção das matas ciliares, a conservação do solo e dos recursos hídricos e a redução das emissões atmosféricas. Nas áreas de expansão da cana-de-açúcar no Sudeste e Centro-Oeste, novas usinas somente são autorizadas sob a condição de mecanização total da colheita da cana. Além disso, práticas como o controle biológico de pragas, o uso de subprodutos da cana como fertilizantes e ações para redução do consumo de água são aprimoradas continuamente. Cientes da necessidade de aferir e reduzir o impacto ambiental de suas atividades, é cada vez maior o número de empresas do setor que se submetem regularmente à certificação de seus sistemas de gestão e publicam relatórios de sustentabilidade.

 Existem outros usos para o etanol?

 O uso do etanol não para de crescer. Além de abastecer os carros de competições como a Formula Indy e a Stock Car, em 2010 foram lançados no Brasil os primeiros modelos de motocicletas flex. Num futuro próximo, o uso do etanol deve ser estendido a caminhões, máquinas agrícolas e geradores. Os benefícios para o meio ambiente são o principal atrativo da substituição do óleo diesel por etanol. Estima-se que a substituição de 1.000 ônibus a diesel por modelos movidos a etanol reduziria as emissões de gás carbônico em cerca de 96 mil toneladas por ano, quantidade equivalente às emissões de 18 mil automóveis a gasolina. Ônibus movidos por uma mistura de 95% de etanol e 5% de um aditivo já rodam no exterior e começarão a rodar em São Paulo já em 2011. O Ipanema, um pequeno avião agrícola fabricado no Brasil pela Embraer, voa com 100% de etanol. Entre as futuras utilizações do etanol está o desenvolvimento de bioplásticos. Paralelamente, estuda-se também o uso do caldo da cana na produção de substitutos para o querosene de aviação.

Espero que você tenha tirado algumas das suas dúvidas.
Observação: é lógico que, sendo eles produtores de etanol, os argumentos serão um pouco tendenciosos, contudo servem para gente se informar. Não podemos esquecer: sempre temos que fazer uma análise crítica das informações recebidas.